terça-feira, 27 de maio de 2008

"Os meus amigos bateram-me"

Passamos a vida a ensinar os filhos que não se bate aos amigos, ou melhor, não se bate a ninguém.

Depois, um dia, ele chega a casa e diz: “Os meus amigos bateram-me”.

Ele fica baralhado. Magoado – como podem os amigos baterem-lhe?! Os amigos?!
Fica mais magoado com o facto de os amigos baterem, do que aleijado propriamente.

Não quero com isto dizer que o contrário não acontece, é claro que às vezes ele é o amigo que bate noutro...

O Bichinho fica magoado e confuso e eu não sei o que lhe dizer. Continuo a defender que não se bate, mas também não quero que lhe batam...

Pudesse eu proteger-te como o Principezinho protegia a sua flor. Pudesse eu pôr-te uma redoma e não deixar que ninguém te faça mal.
Mas assim também não podias crescer... ficar independente, ser forte... faz parte...

Bjs

4 comentários:

  1. Faz parte, mas custa não é amiga?

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  2. O meu filho mais velho fartava-se de "apanhar na tromba" e não dizia nada, deixava-se ficar a um canto, triste, triste, mas sem responder...
    Nunca incentivei (pelo contrário) que batesse nos outros meninos, mas instruí-o sempre a dfender-se: "não bates em ninguém, a não ser que te batam a ti: aí bates com o dobro da força com que te bateram a ti". Acredita que é a melhor forma... Se pesquisares no meu blog um post a que dei o título de "bullying" vais ver que ele um dia pode precisar de erguer os punhos...
    Beijoca.

    ResponderEliminar
  3. Eu nem posso pensar nisso..porque passo-me!
    Maas é mesmo isso...faz parte..temos de deixar acontecer.
    Beijocas

    ResponderEliminar
  4. Eu ensinei o meu mais velho a dar um bom murro para se defender.
    Ele aprendeu e começou a defender-se até que cheio de auto confiança bateu num mais pequeno.Quando soube disso obriguei-o a lutar comigo para sentir o que o mais pequeno sentiu. Apanhou um murrito para aprender.... a partir desse dia nunca mais soube de cenas de violencia dele ou contra ele. Acho que hoje, com 29 anos ainda não se esqueceu da lição...

    ResponderEliminar